O patrimônio histórico de Piranhas foi tombado pelo IPHAN em 2003, garantindo a preservação das construções que remontam ao período áureo da navegação fluvial. Hoje a cidade equilibra turismo cultural com ecoturismo, oferecendo passeios de catamarã pelo cânion e caminhadas pelo calçadão centenário à beira-rio.
Os pontos turísticos de Piranhas combinam belezas naturais com construções históricas preservadas que contam a história da navegação no São Francisco. O centro histórico concentra casarões coloniais, igrejas e museus a poucos metros das águas calmas do rio represado pela Usina de Xingó.
Entre as atrações que fazem de Piranhas um destino completo estão:
Cânion do Xingó com paredões rochosos de até 170 metros de altura e águas cristalinas em tom verde-esmeralda, explorado através de passeios de catamarã que duram cerca de três horas
Maria Fumaça que percorre 18 quilômetros até a cidade de Entremontes em locomotiva de 1950, oferecendo vista privilegiada do sertão alagoano e paradas em mirantes panorâmicos
Museu do Sertão instalado em antiga estação ferroviária, exibindo acervo sobre a cultura sertaneja, o cangaço e a importância do rio São Francisco para o desenvolvimento regional
Rota do Cangaço que passa por locais históricos relacionados a Lampião e Maria Bonita, incluindo a Grota de Angico onde o bando foi dizimado em 1938
Passarela do Xingó suspensa sobre o rio com 154 metros de extensão, conectando Piranhas à cidade sergipana de Canindé do São Francisco e oferecendo vista aérea do cânion

A fundação de Piranhas no século XVII esteve ligada à criação de gado e ao transporte fluvial que conectava o interior nordestino ao litoral. O apogeu econômico veio com a construção da ferrovia em 1881, transformando a cidade em importante entreposto comercial até meados do século XX.
A construção da Usina Hidrelétrica de Xingó em 1994 inundou parte da cidade antiga, forçando a relocação de famílias e mudando completamente a paisagem. O lago formado pela barragem criou o cânion que hoje é o principal atrativo turístico, compensando economicamente as perdas causadas pelo alagamento das áreas ribeirinhas.
A culinária de Piranhas reflete a cultura sertaneja com forte presença de peixes do Rio São Francisco e pratos típicos do Nordeste. Restaurantes à beira-rio servem refeições com vista panorâmica para o cânion, combinando gastronomia regional com ambiente privilegiado.
As principais experiências que enriquecem a visita à cidade incluem:
Surubim na brasa e caldeirada de peixe preparados com pescados frescos do São Francisco, servidos em restaurantes flutuantes ou estabelecimentos tradicionais do centro histórico
Artesanato regional com bordados, cerâmicas e esculturas em madeira vendidos em feiras permanentes próximas ao porto, muitos produzidos por cooperativas de artesãos locais
Apresentações culturais de forró, xaxado e embolada nos finais de semana, resgatando tradições musicais do sertão em praças públicas e centros culturais da cidade
Hospedagem em pousadas históricas instaladas em casarões restaurados do século XIX, oferecendo experiência imersiva na arquitetura colonial com conforto moderno
O clima semiárido de Piranhas registra temperaturas elevadas durante todo o ano, com médias entre 25 e 32 graus. Os meses de abril a agosto são ideais por apresentarem chuvas ocasionais que refrescam o ambiente sem prejudicar os passeios de barco pelo cânion.
Evitar os meses de dezembro a fevereiro é recomendável devido ao calor extremo que pode ultrapassar 38 graus, tornando desconfortáveis as caminhadas pelo centro histórico. O período entre junho e agosto oferece temperaturas mais amenas durante a noite, permitindo aproveitar melhor a gastronomia e os eventos culturais noturnos da cidade.
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